Nesse primeiro dia de Coletiva, cadeiras vazias enchem o espaço. Aqui embaixo, na platéia, poucos estudantes e contados professores. Mas lá em cima, na mesa, também há um buraco, duas cadeiras sós e placas indicando as ausências: dos três candidatos convidados, apenas a valente Pedrina Maria (PSOL) veio e chegou, respeitosamente, dez minutos antes do combinado.
Em sorteio realizado com os assessores de cada candidato no dia 31 de julho, ficou definido que Misael Aguilar (PMDB), Joseph Bandeira (PT) e Pedrina Maria (PSOL) seriam os entrevistados de hoje, dia 20 de agosto. Como a candidata pelo Partido Socialismo e Liberdade foi a única a comparecer, a entrevista teve o tempo reduzido para que não houvesse o beneficiamento de nenhum candidato.
Os presentes puderam conhecer as propostas de Pedrina e fizeram perguntas sobre diversos assuntos, incluindo a relação da prefeitura com a Universidade e os problemas de infra-estrutura da cidade. A candidata, como estabelecido nas regras, teve 15 minutos para sua apresentação: falou sobre a infância, o trabalho e suas propostas de governo.
Em meio ao bombardeio de interrogações do público ali presente, foram abordadas questões como a eficácia ou não de um governo que se pretende isolado, sem coligação. Há dois anos atrás o conceituado sociólogo Emir Sader já caracterizava o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) como “uma estranha combinação de ultra-esquerdismo e eleitoralismo” e anteviu um futuro turbulento para esta legenda. É certo que as negociações de setores do PSOL para costurar alianças eleitorais não têm se dado de forma transparente. Não há qualquer posição oficial da direção do partido sobre o tema.
O fato é que, como a própria Pedrina Maria deixou claro em sua mensagem final - inclusive como um pedido de desculpas - falta-lhe experiência na vida política e nos meandros que a envolvem. Apesar da primeira impressão sorridente e pontual que candidata deixou na sua chegada e presença, suas respostas deixaram a desejar e provocaram inquietação nos bastidores.
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