Por Livia Orge e Dalila Santos
As cadeiras do auditório Antônio Carlos Magalhães da UNEB, em Juazeiro, não foram suficientes para todos os eleitores participantes do último dia (22/08/08) de entrevista coletiva com os candidatos à prefeitura de Juazeiro-BA.
Cerca de 400 pessoas se amontoavam umas as outras para ouvir as propostas de Wank Medrado (PRP), Isaac Carvalho (PC do B) e Roberto Carlos (PDT) em benefício da cidade.
No primeiro dia (20/08) a entrevista foi apenas com a candidata Pedrina Maria Ribeiro (PSOL). Os outros dois candidatos, Misael Aguilar (PMDB) e Joseph Bandeira (PT), optaram por não apresentar suas propostas de governo durante o evento e não emitiram, formalmente, justificativas para as suas ausências.Como era é de se esperar de qualquer evento que concentre políticos em campanha, e eleitores ávidos por respostas, organizadores e candidatos não escaparam dos momentos tensos e das situações constrangedoras.
A “gafe” do dia ficou por conta dos mesários que leram uma pergunta, direcionada a Isaac Carvalho, na qual se questionava a sua intenção de candidatura à prefeitura de Juazeiro, já que ele teria morado a vida inteira em Petrolina-PE.
Isaac, que já havia demonstrado não ter muita intimidade com os microfones, ficou nervoso e apelou para a mãe, que estava na platéia, a fim de esclarecer o engano. Desfeita a injustiça, e confirmada a morada de Carvalho em Juazeiro, o ciclo de perguntas seguiu acompanhado de mais cautela. O evento na UNEB tornou evidente a significância deste processo eleitoral para a cidade de Juazeiro. Os seis candidatos que disputam o cargo de prefeito se mostraram bastante distintos tanto com relação às suas origens, histórias de vida e experiência política, quanto com relação à eloqüência de seus posicionamentos perante as inquietações expressas pela platéia, através não só de perguntas, mas também de manifestações não verbais, especialmente de aplausos.
Os juazeirenses, portanto, não podem, dessa vez, fazer reclamações usando o antes tradicional argumento da “carência de opção”.
E, apesar da casa cheia, vale ressaltar a falta da comunidade acadêmica (estudantes, professores e coordenadores dos cursos de Jornalismo, Direito, Engenharia Agronômica e Pedagogia), bem como dos funcionários e diretores dos dois departamentos que compõem o Campus III, o Departamento de Ciências Humanas e o Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais. Apenas alguns membros compareceram. No geral, sobraram promessas: “Vamos fazer”, “precisamos fazer” e alguns “já fiz isso ou aquilo”. Os três candidatos se comprometeram em garantir à população de juazeiro projetos que nunca poderiam faltar nas áreas de educação; emprego; moradia; saúde; lazer; segurança e cultura.
Seria interessante promover, daqui a um ano, mais ou menos, uma outra coletiva para saber o que “o escolhido” está, de fato, fazendo.
As cadeiras do auditório Antônio Carlos Magalhães da UNEB, em Juazeiro, não foram suficientes para todos os eleitores participantes do último dia (22/08/08) de entrevista coletiva com os candidatos à prefeitura de Juazeiro-BA.
Cerca de 400 pessoas se amontoavam umas as outras para ouvir as propostas de Wank Medrado (PRP), Isaac Carvalho (PC do B) e Roberto Carlos (PDT) em benefício da cidade.
No primeiro dia (20/08) a entrevista foi apenas com a candidata Pedrina Maria Ribeiro (PSOL). Os outros dois candidatos, Misael Aguilar (PMDB) e Joseph Bandeira (PT), optaram por não apresentar suas propostas de governo durante o evento e não emitiram, formalmente, justificativas para as suas ausências.Como era é de se esperar de qualquer evento que concentre políticos em campanha, e eleitores ávidos por respostas, organizadores e candidatos não escaparam dos momentos tensos e das situações constrangedoras.
A “gafe” do dia ficou por conta dos mesários que leram uma pergunta, direcionada a Isaac Carvalho, na qual se questionava a sua intenção de candidatura à prefeitura de Juazeiro, já que ele teria morado a vida inteira em Petrolina-PE.
Isaac, que já havia demonstrado não ter muita intimidade com os microfones, ficou nervoso e apelou para a mãe, que estava na platéia, a fim de esclarecer o engano. Desfeita a injustiça, e confirmada a morada de Carvalho em Juazeiro, o ciclo de perguntas seguiu acompanhado de mais cautela. O evento na UNEB tornou evidente a significância deste processo eleitoral para a cidade de Juazeiro. Os seis candidatos que disputam o cargo de prefeito se mostraram bastante distintos tanto com relação às suas origens, histórias de vida e experiência política, quanto com relação à eloqüência de seus posicionamentos perante as inquietações expressas pela platéia, através não só de perguntas, mas também de manifestações não verbais, especialmente de aplausos.
Os juazeirenses, portanto, não podem, dessa vez, fazer reclamações usando o antes tradicional argumento da “carência de opção”.
E, apesar da casa cheia, vale ressaltar a falta da comunidade acadêmica (estudantes, professores e coordenadores dos cursos de Jornalismo, Direito, Engenharia Agronômica e Pedagogia), bem como dos funcionários e diretores dos dois departamentos que compõem o Campus III, o Departamento de Ciências Humanas e o Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais. Apenas alguns membros compareceram. No geral, sobraram promessas: “Vamos fazer”, “precisamos fazer” e alguns “já fiz isso ou aquilo”. Os três candidatos se comprometeram em garantir à população de juazeiro projetos que nunca poderiam faltar nas áreas de educação; emprego; moradia; saúde; lazer; segurança e cultura.
Seria interessante promover, daqui a um ano, mais ou menos, uma outra coletiva para saber o que “o escolhido” está, de fato, fazendo.
A coletiva foi organizada pelos estudantes do 8º período do curso de comunicação social, habilitação em Jornalismo em Multimeios, sob a orientação da professora Teresa Leonel.
10 comentários:
A matéria mais bem escrita do blog. Parabéns pela redação!
Pessoal,
Parabéns pela organização do evento!
Só achei que a mesa devia ter tido outro posicionamento com relação às perguntas escritas. Se tivesse estabelecido como regra ler apenas perguntas assinadas, talvez as pessoas tivessem mais cuidado ao elaborar seus questionamentos e não teria se registrado a gafe citada no texto. Outra coisa, acho que a prioridade seria as perguntas direcionadas aos três candidatos, posteriormente, se houvesse demanda e tempo, seriam lidas as perguntas individuais.
Ah! Concordo com as observações com relação a participação da comuniadade unebiana, mas vale lembrar que esse esvaziamento é constatado em todos os espaços de discussão que acontecem dentro da Universidade, infelizmente as pessoas preferem deixar que @s outr@s discutam... é mais cômodo!
Não vejo como "gafe"a pergunta se Isaac morava ou não Petrolina. Estou em Juazeiro pouco mais de 3anos, estava na pláteia, trabalho com empresa de informática e não conheço de perto o candidato como conheço os outros. Portanto, achei válida pergunta. Se estava nervoso isso é uma outra coisa.
Você como jornalista e aluna da UNEB não deveria "agredir"o seu próprio evento. Não foi a Uneb que fez? Os alunos... acho que é 8o período de Jornalismo, não é isso? Então... vc também não faz parte dessa organização?
Claudia Ferreira Morais
Houve falhas! Acredito que todas servirão como lição para os próximos eventos. Mas de maneira geral, conseguimos atingir nosso objetivo que era proporcionar à comunicade um espaço de reflexão. Em setembro outra turma estará à frente de um debate entre os candidatos, e será mais uma oportunidade. Quanto a ausência dos próprios estudantes, é lamentável. Sempre conseguimos organizar eventos de grandes proporções. Ultimamente temos conseguido um apoio muito grande da Universidade. Só precisamos valorizar mais esse espaço.
imparcialidade e compromisso com a verdade são princípios jornalísticos que precisam ser respeitados. Não é porque a aluna fez parte da organização do evento, que deveria poupar as falhas que de fato aconteceram e foram expostas com sutilidade, sensibilidade e muito bem. Escrever utilizando a "primeira pessoa" também fugiria à proposta, portanto...
Sei não vi...Como é que organiza um evento e ao invés de promovê-lo saem falando mal. Era melhor não terem feito. Pegou muito mal!
mais promovido, impossível. pelo menos neste texto ninguem falou mal ou "agrediu" o evento. N entendi a zoada.
Se a falha existe em todos os eventos não temos como achar culpados... ou melhor todos são. Agora, quem organiza o evento deve falar da falha, sim. Mas nos bastidores. E não lavar roupa suja numa plataforma como essa. Minha experiência como assessora de comunicação em São Paulo me diz que mete o pau nela mesma em público é falta de profissionalismo. Livia deixou de falar da coletiva de pontos importantes a serem ressaltados para comentar um detalhe??
Amadureçam jovens...
Claudia Ferreira
Incluse, Cláudia, esse espaço aqui que estamos usando para comentar poderia ser encarado com amadurecimento também. O que importa se Lívia está ou não falando mal do evento? Por que não questionamos a preparação dos candidatos para administrar a cidade? Será que todas as propostas irão realmente beneficiar a população juazeirense, ou grupos retritos? foi interessante pra quem esteve lá ouvir "eu fiz isso, fiz aquilo", "sou de família humilde"...? Acho que os candidatos também poderia aproveitar o tempo deles com maturidade e inteligência. Nós organizamos, preparamos o espaço pra isso.
A intenção, aqui, não foi promover ou desmerecer o evento, simplesmente porque o fim último deste blog,produto da disciplina jornalismo on-line, não é exercitar nossas "habilidades" enquanto assessores de comunicação.
O texto foi escrito com o objetivo principal de expor mais um olhar sobre este processo eleitoral em Juazeiro. Nossa comemoração, fica para o Making off, assim como devem ficar a infinidade de dificuldades que tivemos nos bastidores.
Quanto às deficiências encontradas no texto, reconhece-se todas, mas a nossa (eterna) condição de aprendizes permite que todas se tornem compreensíveis, disponíveis às críticas e à capacidade do outro de sugerir melhorias, de contribuir.
Este é o nosso tempo de amadurecer, e nós o estamos vivendo com beleza.
Com certeza, iremos cumprir o prazo.
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